MP rejeita tese de que mãe de Bernardo se matou

O Ministério Público de Três Passos, no Rio Grande do Sul, pediu ontem à Justiça que reabra o inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione. No documento, a Procuradoria rejeita a versão de suicídio com tiro na boca, já que, segundo laudos de peritos, não havia vestígios de pólvora em suas mãos e o bilhete que teria sido deixado para explicar porque quisera se matar não foi escrito por ela.
Mãe de Bernardo Boldrini, assassinado aos 11 anos em abril de 2014, Odilaine morreu em fevereiro de 2010 na clínica de seu marido, o médico Leandro Boldrini, que está preso como mandante do assassinato do filho. Em depoimento na época, Boldrini alegou que a mulher foi até seu local de trabalho e, durante discussão, se matou. A polícia concluiu pela hipótese de suicídio e encerrou o inquérito.

A família de Odilaine nunca se conformou com a conclusão da polícia e sempre alegou que ela foi morta pelo marido. A suspeita aumentou após a morte de Bernardo, assassinado pela madrasta, Graciele Ugulini, com a ajuda dos irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Os três e Leandro Boldrini estão presos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A morte do menino levou sua avó materna, Jussara Uglione, a insistir com o Ministério Público na reabertura do caso de Odilaine. Ela contratou perícias particulares, cujos resultados contestaram os oficiais, da polícia.
Por causa da divergência de laudos, o Ministério Público concluiu que será necessária a reabertura do inquérito para saber se Odilaine se matou, como concluiu a polícia, ou foi assassinada pelo marido, como alegam a família e os peritos particulares. Um dos principais indícios para essa nova versão é o fato de que, segundo os peritos, a carta que teria sido deixada para explicar o suicídio foi escrita pela recepcionista — cujo nome não foi divulgado — que trabalhava então na clínica de Leandro Boldrini.

Bernardo Boldrini foi morto em 4 de abril de 2014, e seu corpo enterrado em uma cova improvisada num matagal em Frederico Westphalen. Os restos mortais do menino foram encontrados dez dias depois.
A suspeita sobre a participação de Graciele Ugulini na morte surgiu com a divulgação de um vídeo de uma câmera de segurança mostrando os dois e Edelvânia Wirganovicz saindo, em 4 de abril de 2014, de uma caminhonete. Depois, a imagem mostra as duas voltando ao carro sozinhas e saindo sem o menino.

(Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2015-05-19/mp-rejeita-tese-de-que-mae-de-bernardo-se-matou.html)

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